domingo, 9 de novembro de 2008

Beleza

Se os meus olhos vêm beleza, se tal beleza entra nos neurónios, e se os neurónios me fazem falar, porque é que não consigo expressar coisas tão belas quanto as que vejo?

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Sobrevivência

Dar a conhecer nunca é demais...



Uma aprendizagem que pode valer uma vida!

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Sonho



Eram duas da manhã, passava um bom bocado depois de ter estado a pensar em ti. O pensamento deixou invadir-se pela tua presença, desejou-te, agarrou-te mais uma vez, beijou-te…
Uma lágrima escorrida na nádega, tremia sem ter frio, vibrava com o bater do teu doce coração, teimando em não cair. O magnetismo do teu corpo quente, não conseguia secar a doce lágrima. Por fim escorreu mais um pouco, tinha crescido e tomado proporções suficientes para na virilha deixar o seu sabor.

Quente, com um odor afrodisíaco, excitou os pelos encaracolados, a pele transpirava um suco aromático que ao evaporar-se formava uma nuvem em forma de um cavalo branco.
A passo, caminhava pelo corpo fora, o odor espalhava-se na pele, a gota estava maior e acumulada entre as pernas fechadas, ocultando o charco que a gota tinha provocado. À volta do mamilo lá andava o cavalo, provocando uma saliência no meio cada vez mais alta, até que soltara outra gota. Era branca como a seiva que escorre nas flores que te ofereço.

Unidos no mesmo corpo, espalhando tal excitação nele, uniram-se mais uns quantos sentimentos que gritando em conjunto proporcionaram a mais bela viagem fora deste mundo. Percorreram outros mundos, novas galáxias… o poder da vibração era tal provocara mais um acordar sobre a manhã.


Foto google

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

A mensagem

Mais uma vez apanho o metro, o destino será a minha casa. Terei de chegar a Oriente e lá apanharei o comboio.

Sentei-me ainda há pouco num dos bancos de uma das carruagens do meio, paramos na próxima paragem e eis que entra um jovem senhor que se senta à minha frente, duas paragens adiante e uma senhora dos seus quarenta anos, senta-se ao lado do tal senhor.

Ambos recebem uma mensagem quase que em simultâneo. Ela solta um sorriso nos lábios e ele, um choro interno expressando uma lágrima no canto do olho.

Que mensagens seriam aquelas?

Por vezes, longe das pessoas de quem gostamos, sentimos e pensamos coisas que as pessoas do lado de lá, nem imaginam o impacto das palavras que em nós pode ter.

Reagimos, sentimos... pensamos de variadas formas, muitas vezes não assertivas, mas a verdade é que reagimos. É nessas alturas que muito se perde e a pessoa que nos envia a mensagem nem faz a mínima ideia de como nos vamos sentir nesse momento de leitura. Nem sempre é assim mas acontece.

ps: Tentem estar atentos ao que dizem, eu mesmo tenho os meus erros.


Pedro Mendes

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Ele não vai parar de rodar


A realidade da vida está naquilo que vivemos.

A realidade é tudo a aquilo que vemos, sentimos, aprendemos, recordamos, pensamos, imaginamos… Embora a imaginação não se traduza propriamente numa realidade, mas pode muito bem ser.

O poder de escolher nem sempre está nas nossas mãos, mas é com certeza nas nossas mãos que está o verdadeiro poder, embora deixemos que os outros escolham por nós algumas vezes, independentemente de se tratar de tolerância ou não.

É nas escolhas que esta a chave da realidade das vidas de cada um, sejam essas escolhas pensadas ou não, são elas que complementam cada pedacinho de nós, foram elas que nos fizeram crescer até ao presente e nos farão crescer/regredir pelo futuro fora.

Mas regredir não é o melhor caminho, aliás, nem sei se esse caminho existe realmente. Mas sei que existe paragens no tempo, paragens que nos podem deslocar para fora da realidade ou por outro lado, levar-nos até ela. Trata-se de saber escolher.

segunda-feira, 31 de março de 2008

É a vergonha, isto é uma vergonha!

Sim é uma vergonha e não me canso de repetir que é uma vergonha este nosso país, que em tempos lutou pela sua libertação, pelas conquistas de outras partes do mundo, um povo que já foi tão respeitado para consigo mesmo. E agora o que vemos? Vemos a vergonha do nosso país, afundando-se a passos bem largos, mas que no entanto a ignorância de muitos e a incapacidade de outro já para não falar da ganância da maior parte, nada faz para mudar este rumo do visível desespero de muitas famílias, que nem sabem onde ir buscar dinheiro para uma simples migalha de pão.

A economia está de rastos, tanto anda meio passo para a frente como dois ou três para trás, a saúde que tanto se precisa e está num estado do salve-se quem poder, bem que eles poderiam fazer um bom serviço, mas as filas de espera são tantas que aos excelentes profissionais lhes compete apenas tentar despachar… não admira que exista tanta negligencia, mas é que este nem é dos piores males mesmo sabendo que a saúde é dos bens mais importantes. E agora é que é o delas, a educação, mas que raio de educação vem a ser esta do povo português?

Desde já devo referir que não sou racista, mas por vezes conseguem confundir-me…

Ainda no outro dia fui a uma superfície comercial bem conhecida a nível nacional, e após ter feito umas compras com o meu pai, ambos dirigimo-nos para a caixa, até aqui tudo normal e estávamos no segundo lugar da fila. Não que aparece do nada duas senhoras ciganas, uma delas com uma criança ao colo e nos passam à frente… Claro, foi-lhe chamada a atenção de que não estava na sua vez, ao que ela responde…

-Mas eu tenho só isto para comprar e estou com pressa.

Ao que o meu pai responde.

- Desculpe mas nós também só temos este produto e também estamos com pressa.

Logo de seguida a senhora tem a infeliz resposta de que estava com uma criança, quando esta nem sequer estava ao seu colo, mas sim da suposta filha já bem crescida.

Este caso meteu-me a pensar e a dar voltas na mioleira, não sou de facto racista mas a ignorância de alguns por vezes confunde-me por completo. A senhora primeiro passa à frente do seu suposto lugar, não pede autorização, desculpa-se esfarrapadamente e ainda fica a resmungar como se fossemos os maus da fita e insinuando pela sua expressão que estávamos numa atitude racista suponho.

Não era escusado este tipo de abordagens se houvesse mais civismo por parte dos nossos cidadãos?

É que o civismo faz parte da educação e anda-se por aí a tentar melhorar a educação escolar, que ao que me parece, estar a começar pelo fim, quando existe pessoas para educar, economia para estabilizar, hospitais para tratar. Onde está o nosso ouro? O país acolhedor que outrora fomos, transformou-se nesta arena diária, com espectadores por todo o lado que aplaudem com euforia aos toureiros da política.

Toureiros que metem-nos facadas nas costas, fazendo-nos sangrar que nem touros de morte. E mesmo com um conjunto de forcados bem robustos na frente, não nos vamos render mesmo que perca-mos e nos deixemos cair no meio do espectáculo, é assim que conheci o povo português, “lutador”!

Ainda existe uma esperança de tudo mudar, pode ser que esses apreciadores da tourada ainda consigam dominar os toureiros e os forcados. Só ainda não percebi como é que o cavalo do Sócrates não perdeu forças nas pernas, pode ser que ainda lhe encurtem as rédeas ou lhe cortem os pulsos, se é que o cavalo os tem, se não tiver pode ser mesmo ao primeiro-ministro.

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Pedro Mendes